Resenha: Mrs. Dalloway, Virginia Woolf
Editora: Penguin - Companhia
Páginas: 270
ISBN: 978-85-8285-057-2

Obra mais famosa de Virginia Woolf, Mrs. Dalloway narra um único dia da vida da famosa protagonista Clarissa Dalloway, que percorre as ruas de Londres dos anos 1920 cuidando dos preparativos para a festa que realizará no mesmo dia à noite. Pioneiro na exploração do inconsciente humano por meio do fluxo de consciência, Mrs. Dalloway se consagrou tanto pelo experimentalismo linguístico quanto pelo retrato preciso das transformações da Inglaterra do período entre guerras. Misto de romance psicológico com ensaio filosófico, este livro resiste a classificações simplistas e inaugura um gênero por si só. Precursor de algumas das maiores obras literárias do século XX, este romance é uma leitura incontornável que todo mundo deve fazer ao menos uma vez na vida.



Sinopse retirada do Skoob.


Está procurando um livro repleto de fluxo de consciência, discurso indireto livre, muitas reflexões externas e posicionamento feminino? Então este é o livro certo!

No primeiro paragrafo do livro, temos a protagonista: Clarissa Dalloway, resolve numa manhã ela mesma ir comprar as flores. Você deve está se perguntando "como assim? Ela mesma ir comprar as flores?".
Mrs. Dalloway era rica e tinha várias empregadas, porém naquele dia ela mesma resolve sair e comprar as flores para sua festa. 
Através de sua perspectiva à floricultura conseguimos mergulhar em outros pensamentos num mesmo ambiente. A mudança de um personagem para o outro é repentina. Não é explicitamente dito ou insinuado o modo como a autora muda de um pensamento para o outro. 
Temos então, vários personagens, como: Peter Walsh, que foi um amigo de infância e quem Clarissa quase se casou. Richard Dalloway, esposo de Clarissa. Sally, uma amiga de infância e que passou boa parte da adolescência. Elizabeth, filha da Clarissa. Lucrezia, esposa de Septimus. Septimus  arisco dizer, um dos protagonistas do livro. 
Septimus é um britânico que lutou na Primeira Guerra Mundial em 1923  retratado a todo momento pelo autora, e, acabou enlouquecendo. O mesmo tem acompanhamento médico, pois muitas vezes diz que deseja morrer.
Observando as impressões censoriais que os personagens tem, conseguimos perceber onde a personagem  narrador do momento, está. 
A forma como nos descreve o pensamento totalmente sincero dos sujeitos é fabuloso e sensível. 

"[...] Com calma e perícia, Elizabeth Dalloway tomou o ônibus para Westminster. 
Indo e vindo, chamando, acenando, com a luz e a sombra, ora acinzentado o muro, ora amarelado vividamente as bananas, ora acinzentando o Strand, ora amarelando vividamente os ônibus, assim parecia a Septimus Warren Smith..."
pág: 169                               

Aqui conseguimos ter um exemplo real do quê é muito comum durante a leitura do livro, o fluxo de consciência. Conseguem notar a mudança de perspectiva, de uma maneira tão persuasiva? 
Basicamente é o que consigo resenhar para vocês, sem spoiler. 
Trazendo emoções e sensações para gente que faz com que prestamos atenção a cada palavra.
Consegui marcar várias passagens de sentimentos durante a leitura: empatia, ódio, amor, paixão, vergonha, curiosidade, arrependimento, gratidão, tristeza, alegria, insegurança, decisão, etc.
O livro é farto de reflexões, analise e argumentos. 

Gostei muito dessa leitura, achei complicada de início pelo fato de nunca ter lido Virginia e nunca havia tido contato com algum livro que retratava bastante o fluxo de consciência.



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